sábado, 30 de setembro de 2017

TRILOGIA DAS QUEBRADAS: Vieira e seu Conjunto (De 1978 à 1982)

Pras quebradas do Tocantins, do Marajó, de Belém, das vilas de Barcarena... Qualquer que fosse a quebrada, Vieira e seu conjunto estava lá animando a festa com muita lambada na orelha do povo em meados da década de 1970.
Lambadas das Quebradas (volumes 1, 2 e 3), assim são denominados os três primeiros álbuns gravados por Vieira e seu conjunto, lançados, respectivamente em 1978, 1980 e 1981. A trilogia Lambadas das Quebradas é a essência da música paraense do gênero que estouraria na década de 1980.

Essa trilogia tem certas características próprias: O recorrente uso das maracas e a levada de bateria de Cassiano Pereira nas lambadas que parecem ter, ritmicamente, uma intenção carimbó. Bem como alguns temas de pouca letra e refrão em coro uníssono (embora nem sempre em uníssono, como no verso "olha o mestre aí..." em Lambada do Mestre). E ainda os temas do folclore, principalmente o amazônico: Lambada da Curupira, Lambada do Mapinguari e Lambada do Fantasma. Além daquelas com uso de linguagem tipicamente ribeirinha: “... Quem tem duas línguas é jacuraru/ quem tem olho grande é o aracu...”; todas com um ar bem humorado, tal qual a personalidade do Vieira.  Outra característica intrínseca a essa trilogia é o som do baixo cujos ouvidos atentos percebem logo, à primeira audição, que não está bem afinado. Conforme relatos do próprio Vieira e de músicos que integraram o grupo na época, o baixo utilizado nessas gravações foi construído pelo baterista da época, não possuía trastes e só tinha duas cordas. Essa é uma longa história que foi contada pelo próprio baterista da época e pode ser lida AQUI
A respeito dos integrantes do conjunto nesses três primeiros discos, é importante observarmos dois detalhes:
1.    No primeiro volume, todos os integrantes são apresentados por apelidos, exceto o “band leader"¹.
2.    No terceiro, o baixista não é mais o mesmo dos dois anteriores².

¹ Os relatos afirmam que isso aconteceu pela dificuldade de contato entre a produção e a banda, pelo mesmo motivo, a arte de capa do álbum foi improvisada, utilizando-se uma foto de um calendário de parede. Assim, os músicos são apresentados na contracapa como:

Vieira - Guitarra solo
Coalhada - Guitarra base
Carequinha - Baixo
Cocada - Bateria
Papa-veia - Pandeiro
Sombra - Ganzá
Canela de vidro - Treme-terra
Quiabão - voz

Onde:

Coalhada= Honório
Carequinha=Celestino
Cocada=Pereira
Para-veia=Poça
Sombra=Vieira Filho
Canela de vidro=Oliveira
Quiabão=Magno

² Assim como no volume 2, a contracapa traz uma nota sobre o grupo; nesta é mencionado o fato de ser outro músico tocando baixo, só não explica que o Celestino, baixista dos álbuns anteriores, faleceu e foi substituído por Luís Poça. Mas pelo que podemos observar ao ouvir, o instrumento utilizado deve ter sido o mesmo.
Logo após a trilogia, Vieira gravaria um álbum que se chama “Lambadas e Quebradas”, mas com outro nome, um pseudônimo, que nada mais é do que seu último sobrenome seguido de um nobre título: Lima – guitarreiro do amazonas. Este disco contém versões, ao estilo do Vieira, de músicas de sucesso gravadas pelo lendário guitarrista Poly, do Poly e seu conjunto. E pode ser ouvido AQUI

Ainda em 1982 foi gravado o álbum Melô da Cabra, que já demonstra melhor qualidade em produção. Não se sabe se foi lançado antes ou depois do "Lima", a própria memória dos que participaram, após 35 anos, já não consegue nos responder.

Por André Macleuri

LINKS:
Lambadas das Quebradas vol. 1:
YOUTUBE
Lambadas das Quebradas vol. 2:
YOUTUBE
Lambadas das Quebradas vol. 3:
YOUTUBE



Vieira e seu conjunto Colombiana 1984 (completo)


Sexto álbum do Vieira e seu conjunto

Músicas:

1. COLOMBIANA 
2. CHORA 
3. GLOBO DE OURO 
4. INIMITÁVEL 
5. COISA OFERECIDA NÃO TEM PREÇO 
6. AMOR SE PAGA COM AMOR 

LADO B

1. MOTOQUEIRO 
2. CASAMENTO NO ESPAÇO 
3. MORENA BOA 
4. MELÔ DA ÉGUA 
5. VAI CHAMAR O VIEIRA 
6. CRIOLA 

Mario Gonçalves Guitarrando na Lambada (primeiro disco 1982) completo full


            Este é o primeiro disco solo do guitarrista paraense Mário Gonçalves, lançado em 1982.  Mário é irmão dos cantores Pinduca e Pim (família natural da cidade ribeirinha de Igarapé Miri, distante 142 km de Belém do Pará). Gonçalves integrou a banda base do "Rei do Carimbó" por mais de 20 anos, gravando 15 discos (anos 1970/80). Normalmente, no carimbó tradicional acústico, um banjo é quem faz a base rítmica. Porém, Mário Gonçalves, juntamente com Dani Gonçalves (guitarrista base atuante nos primeiros cinco discos de Pinduca) foram os pioneiros a usarem a guitarra elétrica no lugar do banjo, em 1973, no disco de estreia de Pinduca. A partir do vol 04, os discos do "rei do carimbó"  terão quase sempre duas guitarras rítmicas cada uma com um padrão rítmico específico (e mixadas no canal estéreo da seguinte maneira: uma no canal esquerdo e outra no direito). Este padrão criado por Mário e Dani passou a ser imitado pelos guitarristas de carimbó e lambada da região norte desde então. 
                Em 1976, Mário Gonçalves realizou um outro feito histórico: foi o solista em uma música intitulada "Lambada (sambão)", a primeira gravação oficial do gênero (LP No Embalo do Carimbó e Sirimbó vol 5 de Pinduca).  Na década de 1980 também foi músico de estúdio da gravadora Gravasom, participando de inúmeros discos de artistas locais, além de ter participado de alguns álbuns do seu outro irmão, Pim (onde pode solar os carimbós com maior espaço e mais liberdade que nos discos de Pinduca).  O sucesso de Vieira e seu Conjunto e a série Guitarradas com as lambadas instrumentais no início dos anos 1980 deve ter motivado Gonçalves a finalmente estrear sua carreira solo. Ao todo, foram seis Lps gravados de guitarrada. 

                A notícia que temos é que esse importante “guitarreiro” atualmente está afastado da música.
Por Bruno Rabelo com colaboração de André Macleuri
LP digitalizado e masterizado digitalmente por A. Macleuri
BAIXAR esse disco  (mp3 320 kbps)

Mestre Lucindo - Isto é Carimbó!! Conjunto Carimbó Canarinho de Marapanim


O maior poeta do carimbó chama-se Lucindo Rebelo da Costa (1908/1988), mais conhecido como "Mestre Lucindo".  Natural de Marapanim (PA) - cidade banhada pelo rio homônimo e que possui praias belíssimas como Crispim e Algodoal - Lucindo foi também pescador, cantor, compositor e banjoísta. Liderou durante décadas seu grupo de carimbó "Os Canarinhos".

O Carimbó é um ritmo afro-ameríndio nascido ainda no século XIX no Pará. Permaneceu durante mais de 100 anos restrito ao interior do estado, junto a determinadas comunidades ribeirinhas e praianas. O gênero não teve grande penetração na capital Belém até a década de 70 do século XX. Porém, foi nessa década que bens culturais nacionais produzidos pela industria cultural brasileira passaram a ser consumidos em larga escala.  No Pará um reflexo desse momento aconteceu quando, pela primeira vez em sua história, o carimbó, até então um ritmo musical interiorano, passa a interessar a população da capital paraense por conta do primeiro disco do cantor  Pinduca, lançado em 1973. Apesar de Verequete (vinculado ao carimbó tradicional) ter lançado o primeiro disco do gênero em 71, foi com Pinduca e seu carimbó inovador (misturando o tradicional - sopros e tambores - e o moderno - guitarras, baixo e bateria) que o ritmo paraense até então adormecido (com uma origem mais antiga que o ritmo tido como nacional, o samba) conseguiu vir a tona e se consagrar na capital paraense. Seu disco de estréia vendeu 15 mil cópias, algo até então inédito no mercado local. Pinduca foi alçado nacionalmente naquela década, tendo sido inclusive aclamado pelo estudioso e folclorista brasileiro Luís da Câmara Cascudo  com a seguinte fala  "sim Pinduca você é mesmo o rei do carimbó!". Com o sucesso do gênero, surgiram muitos selos interessados em gravar o ritmo.  É nesse contexto que ocorreu o convite para que Lucindo Rebelo e seu conjunto "Os Canarinhos" viessem à Belém em 1974 registrar seu primeiro (e único) disco. A gravação ao vivo em 2 canais foi feita no estúdio da Rauland (ERLA) e o lançamento do long play efetuou-se pelo selo RGE/FERMATA.  Porém o LP não trouxe a Lucindo e seu conjunto, dividendos. Mas entrou pra história como o primeiro disco gravado em Belém exclusivamente por tocadores de carimbó residentes no interior do Pará.  O disco gravado por Mestre Lucindo não alterou seu modo de vida: ele continuou a sua vida de pescador e músico eventual na sua cidade natal. A natureza local era a inspiração para o mestre compor suas belíssimas canções. Algumas delas se tornaram verdadeiros hinos nas décadas vindouras como "Pescador", "Maçariquinho", "Relampiando", "Menina Bonita", "Peru do Atalaia" e "Adeus Morena". Segundo o professor e pesquisador Antonio Maciel (autor do primeiro mestrado sobre o gênero -PUC 1983- cujo foco foram as letras de Lucindo), o pescador-poeta-caboclo traduziu como poucos a vida interiorana praiana amazônica em suas músicas. Diz Maciel também que o carimbó “[...] dando conta do seu dia a dia, no campo ou no mar, relatando os seus conflitos sociais, políticos e econômicos [...], retrata a vida do homem interiorano marginalizado e esquecido ao longo da história”. Quando Lucindo faleceu aos 80 anos em 1988, vivia de forma muito modesta, praticamente ignorado. Infelizmente não pôde desfrutar do "revival" que outros mestres obtiveram nos anos 90 e 00, quando a cultura paraense acabaria finalmente tendo destaque nacional para além de realces eventuais. Entretanto o legado ficou. Sua música continua sedo perpetuada por inúmeros tocadores de carimbó e também músicos em geral, influenciando gerações. E assim a poesia de Mestre Lucindo permanece viva como parte integrante do imaginário cultural paraense.
Por Bruno Rabelo
Digitalização e masterização digital do LP: André Macleuri

Os Brasas de Marauh vol.1 1982 (completo)


Volume 1, ou melhor, volume único! Pois é o único disco desse fictício grupo do também fictício "guitarreiro" Carlos Marajó. Sabemos que quem compôs e tocou guitarra neste disco foi Aldo Sena, a maior personificação de Carlos Marajó. Os Brasas de Marauh é uma espécie da série Guitarradas, mas trazendo canções e, talvez por isso não foi mais um volume daquela série que devia ter por objetivo, ser apenas de músicas instrumentais. Assim, neste disco, Carlos Marajó também mostra sua habilidade como letrista.
O disco tem lambadas instrumentais, bregas, boleros e até balanços ao estilo disco music com solos bluesy (era você que eu queria). As lambadas instrumentais são bons momentos do disco: Lambada da aparelhagem, Lambada do cocô e Lambada do ídolo.
PS: Aos ouvidos exigentes avisamos que os Instrumentos estão desafinados.
Texto e digitalização do Long Playing por A. Macleuri

BAIXAR o disco (mp3 320 kbps)

Lima Guitarreiro do amazonas Lambadas e quebradas 1982 (completo)


Em 1982, logo após a trilogia “Lambadas das Quebradas”, Mestre Vieira (Viera e seu conjunto, na época) gravaria um álbum que, por questões de contrato com a empresa fonográfica, o nome do artista teria que ser um pseudônimo, assim foi chamado de “Lima – guitarreiro do amazonas”, que nada mais é do que seu último sobrenome seguido de um nobre título. É interessante notar a presença da expressão “guitarreiro” (referência a um instrumentista de guitarra que toca um estilo de música específico) neste disco, até porque a palavra “guitarrada” (o tipo de música que toca um guitarreiro) não se aplicava (pelo menos midiaticamente) ao Vieira nessa época. Assim, esta é, provavelmente, a primeira vez que se utilizou esse termo nessas proporções.
Quanto à inserção da expressão “amazonas”, consideremos três hipóteses:
1. Amazonas neste caso quer dizer Amazônia, um equivoco muito comum e recorrente no passado, e ainda hoje.
2. Um equívoco de naturalidade: quem o fez achou que o Vieira era natural do estado do Amazonas e não do Pará.
3. Erro de naturalidade proposital: para mascarar ainda mais o Vieira, já que não poderiam ser “descobertos” infringindo o contrato com a gravadora (hipótese pouco provável, pois o título do álbum a contradiz).
Esse disco recebeu o título Lambadas e Quebradas; como se fosse uma continuação da Trilogia Lambadas das Quebradas, e contou somente com regravações, ao estilo do Vieira, de músicas de sucesso gravadas pelo lendário guitarrista Poly, do Poly e seu conjunto; um ídolo do Vieira, que teve a honra de conhecê-lo durante o projeto do disco (conforme palavras do próprio Vieira). Aliás, existe a hipótese de que o nome “Vieira e seu conjunto” tenha sido uma referência ao Poly e seu conjunto, como estratégia de marketing empresarial.
Este álbum é uma raridade, e o arquivo aqui utilizado nos foi dado das mãos do próprio Vieira. Mas infelizmente a qualidade deste áudio não é das melhores; temos o objetivo de conseguir este exemplar em LP para digitalizá-lo e alcançar melhor qualidade.
Por André macleuri

Vieira e seu conjunto 'Loirinha' 1985 (completo)


Sétimo álbum da discografia do Vieira. O disco não tem título, mas o chamamos de Loirinha por ele abrir com essa música, provavelmente a que mais se destacou na mídia. Um "Forró-reggae quase-pentatônico" em tom menor e intenção blues, que faz dela uma música bem original. Outra música conhecida deste disco é Bolinha, onde Vieira usa e abusa dos seus famosos "bends" de meio-tom. Mas o disco tem vários  outros momentos bons, é só conferir.

Por André Macleuri

BAIXAR em mp3

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Disco "Solano e seu Conjunto" 1984 primeiro álbum


Praticamente todos os guitarristas da primeira geração da Lambada (anos 1970/80) tocavam e gravavam com guitarras de marcas nacionais. Giannini é a marca de guitarra presente em muitas capas dos guitarreiros de lambada (inclusive na série Guitarradas da Gravasom). Mas é com outra marca nacional, a "Snake", que surge Solano e seu Conjunto na capa de seu disco de estreia em 1984 (no detalhe da capa, o nome de Solano tem a mesma cor creme da guitarra). Natural de Abaetetuba, cidade do interior próxima de Belém (outra característica dos primeiros guitarristas da lambada, a maioria migrou de cidades ribeirinhas para a capital do Pará), Solano demonstra logo na sua primeira gravação um virtuosismo e sotaque pessoal que o pôs rapidamente em destaque no cenário da música local. Assim como Vieira e Aldo Sena, Solano também tinha sua própria banda. Essa característica imprimia um diferencial a esses artistas, dando coesão e sotaque sonoro a essas gravações, diferentemente de artistas que usavam banda base de estúdio em seus discos, algo comum em gravações do selo Gravasom, por exemplo. Posteriormente dois músicos de destaque viriam a participar dos discos de Solano: Mário Simões, o "Marinho-guitarra de ouro" (autor de um dos maiores sucessos da guitarrada, o "Melo do Apaixonado"), que viria tocar guitarra e órgão nos discos de 1985 e 1986 (mais tarde, nos anos 1990, Marinho voltaria a tona em carreira solo com o brega "Rupinol") e o guitarrista Batista, *sideman* de grandes artistas paraenses (atualmente tocando com Chimbinha). Nessa sua estreia, Solano apresenta lambadas (Melô da Bicharada é o destaque do disco), boleros e Iê-iê-iês/bregas românticos cantados pelo seu crooner e compositor que o acompanhou pelos anos 80, Frank Carlos.

LADO A

1. Melô Da Bicharada 00:00
2. A Jovem Mais Linda 04:10
3. Xote Do Doutor 07:12
4. Você Está Dando Mancada 10:00 
5. Abaetetuba No Embalo 13:29 
6. Lambada Do Pica-pau 16:04

LADO B

1. Noite Do Silêncio 18:55 
2. Lambada Do Jegue 22:00  
3. Ingratidão 25:18
4. Lamento 28:50 
5. Amo Você 31:42 
6. Triste Castigo 35:06


Digitalização do Long Playing: André Macleuri
Envio ao Youtube: Bruno Rabelo

Disco "Lambadas da Pesada, o Ritmo do povão" - Grupo da Pesada


"Lambadas da Pesada, o Ritmo do povão" (sem ano de lançamento especificado no LP, mas provavelmente de 1979) é um álbum lançado pela gravadora Gravasom.
A primeira faixa é uma música da banda de cadence-lypso da Dominica chamada Exile One, cujo título foi "traduzido" para "Melô Dadá", originalmente ela se chama Atata e foi, neste álbum, creditada erroneamente a Michel Nerplat, membro do grupo Les Aiglons. Já as outras nove canções são todas de autoria e interpretação do Grupo da Pesada, um dos mais significativos grupos de carimbó urbano surgido em Belém do Pará nos anos 1970 (o cantor Pim, irmão de Pinduca foi vocalista da banda). Temos conhecimento de quatro LPs gravados por eles (contando com este, dedicado a Lambada).
As lambadas do disco se assemelham ao carimbó no estilo Pinduca, porém, com suas próprias características: são mais fortes ritmicamente (com certo “molho” de merengue), baixos mais livres na marcação, órgão como solista principal e guitarra solando eventualmente.  
"Se caio na dança, eu danço lambada até o sol raiar" diz o vocalista na terceira faixa do lado B, Gafieira, afirmando a proposta do álbum, bem como o sucesso local da lambada enquanto gênero musical naquela época. Há ainda três boleros no disco, um deles de autoria de Sebastião Freitas, cantor que ficaria conhecido nos anos 80 pelo apelido de "Romântico do Brega".  A capa do álbum se assemelha muito aos célebres discos da série "Lambadas Internacionais" da Gravasom que percorreriam os anos 1980 em onze volumes. Seria esse disco um "laboratório" do produtor Carlos Santos para a série que viria a criar logo a seguir na década seguinte?
Por Bruno Rabelo e André Macleuri

LADO A

1. MELÔ DADA 00:00
2. LAMBADA DO PESCADOR 03:31
3. MULHER SEM CORAÇÃO 07:00
4. ENROLANDO A LÍNGUA 09:41
5. VESTIDO DE NOIVA 12:47

LADO B

1. NEGRITA 15:42
2. NAMORO ATRAPALHADO 18:08 
3. GAFIEIRA 21:46
4. A MODA DE HOJE 24:32 
6. DRAMA DE UM FILHO 26:40

Ficha técnica
Produção: Carlos Santos
Assistente de Produção: Pedro Américo
Seleção musical: Ary Santos
Técnico de som: José Ferreira
Conjunto: Grupo da Pesada
Mixagem: Tapecar - Rio de Janeiro
Capa: Joselito


Digitalização do Long Playing: André Macleuri
Envio ao Youtube: Bruno Rabelo

Disco "Guitarradas Vol 3" 1985


O disco "Guitarradas Vol 3" foi lançado em 1985 pelo selo  Gravasom, de Carlos Santos. Nota-se neste álbum uma produção mais bem cuidada que nos dois volumes anteriores. Uma das características da gravação está na guitarra solo que foi gravada duas vezes (dobra). Os temas do álbum são mais dolentes, menos acelerados, com boleros e títulos "românticos". 
A música "Lambada do Amor" (primeira faixa do lado B) é, na verdade, uma regravação de "Lambada do Vento", de autoria de Aldo Sena, cuja primeira gravação está no primeiro álbum do grupo Os Populares de Igarapé Miri, gravado em 1981, aqui numa versão modificada. Esta constatação pode ser uma demonstração de que o "Carlos Marajó", interprete e autor das músicas, conforme descreve a parte impressa deste disco, é, na verdade, o próprio Aldo Sena.
Por Bruno Rabelo com a colaboração de André Macleuri

Lado A

1. Solo de mestre  
2. Balançando 
3. Saudade de você 
4. Aquele momento 
5. Melô do Recife 
6. Abraçando você 

Lado B

1. Lambada do Amor 
2. Melô do rádio  
3. Guitarrando  
4. Longe de mim 
5. Lambada do peixinho 
6. Bolerando 

Ficha Técnica:

Direção Artística: Ary Santos 
Produtor Executivo: Sagica 
Técnico de Som: Fernando Artur
Mixagem: Fernando Artur
Estúdio: Gravasom Belém PA


Digitalização do Long Playing: André Macleuri
Envio ao Youtube: Bruno Rabelo


Mestre Vieira tocando um Choro