sexta-feira, 17 de maio de 2019

Vieira e seu conjunto Lambadas das quebradas vol. 2

Este é o segundo álbum da carreira de Mestre Vieira, o disco que o tornou conhecido em outras regiões do país e do mundo. 
A canção Melô do Bode é responsável pelo sucesso do autor na região nordeste do país e, posteriormente, na Europa: o álbum foi relançado na Inglaterra em 1988 pelo selo STERN’S DISPORA sob o título de Lambada e com uma capa que faz referência à canção Melô do Bode. 
Foto disponível Neste Link

Neste álbum, duas músicas podem ser destacadas pelo uso de (ou recurso semelhante ao) pedal de efeito "whawha", são elas: Lambada do Rei e Lambada do Sino.
Uma característica curiosa deste disco é o fato de todas as músicas soarem a aproximadamente um tom acima da tonalidade original. Pois, o próprio Vieira tocava Lambada do Rei em Dó maior (e não em Ré maior como está no disco), e Seresteiro em Ré menor (e não em Mi menor como no álbum). Além dessas, há outras músicas que na gravação aparecem na tonalidade de Mi menor: Duas Línguas, Lambada do Mapinguari, Joia, Você se afastou de mim e Melô do Bode. Porém, Mi menor não era uma tonalidade requisitada pelo Vieira, mas sim, Ré menor, pelo número de músicas que ele fazia neste tom (vide o último disco, Guitarreiro do Mundo) A Lambada do sino, assim como Lambada do Rei, soa em Ré maior, enquanto o uso da terceira e da quarta corda solta, é evidente (Nas músicas instrumentais geralmente Vieira preferia o Dó Maior, pelo uso de cordas soltas). E por fim Sambista Brasileiro está em Si Maior (Não há música do Vieira com tonalidades muito acidentadas). Então, possivelmente este disco passou por um processo de alteração de pitch, muito utilizado em reprodução musical por DJs e na produção de música eletrônica, inclusive, foi muito requisitado nos estilos de Brega paraense do início do século XXI (Como o Tecnobrega). Mas o objetivo dessa manipulação geralmente não é alterar a tonalidade, mas sim o andamento da música, para causar um efeito mais frenético ou aproximar o andamento de uma música a outra, ambos destinados à atender o público dançante. Também deve ser considerada a possibilidade de os instrumentos estarem afinados abaixo do diapasão de 440hz no processo de gravação, mas, por que apenas este disco apresentaria essa diferença?

André Macleuri

Ouça o disco em nosso canal do youtube ou faça DOWNLOAD AQUI


2 comentários:

  1. Amigo,poderia me dizer se esse disco foi produzido pelo Pinduca?

    ResponderExcluir
  2. Prami o Vieira e audo sena sam os melhores guitarristas do mundo eu tivi o enorme pra zr di ter conhecido essa maravilhosa dupla.

    ResponderExcluir

Mestre Vieira tocando um Choro